Vamos lá.
Decidi escrever sobre essa HQ porque me espanta a quantidade de gente que conheço, que gosta de HQs, mas que nunca leu, sequer ouviu falar dessa incrível história pós apocalíptica criada por Brian K. Vaughan.
Antes de tudo, você precisa saber que Y: The Last Man simplesmente foi considerada uma das melhores HQ's da década, tendo muitos figurões importantes do mundo dos quadrinhos dando seus parabéns pela obra de Brian Vaughan, publicada pela Vertigo (oh, Vertigo...).
Vou começar falando do belíssimo traço da Pia Guerra. Veja bem, eu sou um porre com traços de HQs, se uma HQ tem uma história boa e o traço ruim, simplesmente não consigo continuar a leitura, o que é uma pena, mas em Y: the last man, isso está longe de ser um problema. Inclusive é com certeza uma das coisas que me fizeram gostar mais ainda.
Tudo começa quando um vírus misterioso mata _ao mesmo tempo_ TODOS, sim, TODOS os seres que possuem o cromossomo Y (adeus machos). Todos, menos... Yorick Brown (e seu simpático macaco)! Yorick então se vê num mundo onde existem apenas mulheres, e aí começa o tchan da história. Sua namorada - que ele deseja pedir em casamento - se encontra do outro lado do mundo, seu objetivo é encontrá-la em meio ao caos, e pra isso ele tem como ajudante a Agente 355, personagem ultra bad ass que amarei para sempre. Mas o mundo agora não é mais como conhecemos, é agressivo e podemos sentir a cada virada de página como a sociedade apocalíptica regida por mulheres se desenvolve. O melhor é sentir o peso da responsabilidade de Yorick como o último homem da terra, e a forma como encara isso. A humanidade se encontra fadada a extinção e ele só consegue pensar em sua amada (pausa para ''awwwn'') que nem sabe se continua viva.
A HQ é claramente uma distopia, e um olhar sobre como os instintos tomam conta nas horas de pânico, mas não pense que é tudo dramalhão, tem muitas situações cômicas que até aliviam o roer das unhas. Porque Y: the last man é assim, você começa a ler, e não consegue parar. É bem escrito, bem desenhado, e tem um final excelente, mas isso deixo por conta do gosto de vocês.
Vale cada página dos 60 volumes.
Está esperando o que para ler?
E não poderia deixar de dizer que fizeram um curta live action. Ficou MUITO bom, tirando uma modificação ou outra. Se você não liga para SPOILERS, veja, vale a pena - até porque não é a história completa, apenas o começo. Mas se você é spoiler-phobiac, então nem pense em clicar no Play.
[UPDATE!]
Sobre uma possível adaptação ao cinema, bem... Lá em 2007, Brian K. Vaughan entregou o roteiro do filme para a New Line Cinema. A produção seria de David Goyer (produtor de Blade), mas enrolaram tanto que a ideia não foi levada adiante... Até Março de 2012! A New Line disse estar empolgada com a produção do filme, e contratou o mesmo diretor que fez o curta Live Action de Portal. Arriscado por ser um diretor novato, mas mesmo assim, quem viu o Live Action sabe que o cara tem chances de fazer algo bem legal, até porque é fã.










